Melhores práticas para cadastro de digitais
1. Técnicas de Cadastro
Qual dedo deve ser usado?
O dedo ideal para ser usado em uma solução de identificação biométrica é o indicador (esquerdo ou
direito). A razão para isso é basicamente a ergonomia (este dedo pode ser facilmente colocado no
leitor biométrico) e o tamanho da digital, que casa exatamente com o tamanho do sensor.
Se por algum acaso os dedos indicadores não apresentarem uma boa qualidade, podem ser usados
os dedos anelares ou do meio. Muitas pessoas utilizam o dedão para cadastro, mas isso é uma
prática ruim. O dedão normalmente é maior que o sensor de leitura e, cada vez que este dedo é
utilizado, uma região diferente da digital é capturada, levando a uma maior dificuldade de
identificação e maiores falsa aceitações e rejeições.
Como posicionar o dedo no leitor biométrico?
Sem dúvida alguma, o parâmetro mais importante para uma boa captura de impressões digitais é o
posicionamento do dedo no leitor biométrico. É importante posicionar o dedo de forma que o centro
da digital (e não do dedo!) fique centralizado no leitor. Além disso, o dedo deve ser pressionado de
forma firme no leitor (mas sem aplicar excesso de força) e não deve ser rotacionado ou inclinado.
Seguem alguns exemplos
Caso a imagem não seja aceitável após várias tentativas, lembre-se de verificar se o dedo não está
sujo e/ou muito seco ou molhado. O ideal é que o dedo esteja hidratado e com a oleosidade natural
da pele. Muitas pessoas têm o hábito de “limpar o dedo” em uma peça de roupa antes de realizar o
cadastramento/identificação, no entanto, isso é ruim pois retira a oleosidade natural da pele. O ideal
é passar levemente o dedo/digital na testa para capturar um pouco de oleosidade e então realizar o
cadastramento/identificação.
Como pressionar o dedo no leitor biométrico?
O dedo deve ser pressionado no leitor biométrico de forma firme, mas sem excesso de pressão. Caso
a imagem fique muito branca e os traços pretos sejam finos, é necessário pressionar mais o dedo.
Por outro lado, caso os traços sejam bem pretos e espessos, a ponto de se tocarem, é necessário
reduzir a pressão aplicada.
2. Informações Gerais
Em uma solução de identificação baseada em impressões digitais, a etapa de cadastro consiste no
item mais importante para assegurar o sucesso da solução. Um cadastro bem feito garantirá a
identificação correta e fácil das pessoas.
Da mesma forma que uma pessoa nunca faz exatamente a mesma pose para uma foto, toda captura
de uma característica biométrica (impressão digital, por exemplo) tem pequenas variações
dependendo do ambiente (para impressões digitais, são parâmetros relevantes: pressão exercida
pelo dedo no sensor, rotação do dedo, condição do dedo (molhado/seco), tipo de leitor biométrico
etc.).
Assim, todo algoritmo biométrico (facial, impressão digital, voz etc.) consiste em um comparador que
atribui uma nota de similaridade entre a digital (ou face etc.) apresentada naquele instante em
comparação com uma digital armazenada no banco de dados. Em seguida, esta nota é comparada a
um limiar previamente definido e, caso a nota seja superior ao limiar, considera-se que ambas as
digitais são do mesmo dedo. Por exemplo, se o limiar for 75% e dois dedos tiverem similaridade de
90%, o sistema concluirá que os dedos são idênticos.
Portanto, é importante ressaltar que todo algoritmo biométrico tem uma pequena probabilidade de
considerar duas informações biométricas distintas como sendo idênticas, basta que a similaridade
entre as duas características biométricas seja superior ao limiar definido previamente. Da mesma forma que dois gêmeos podem ter faces muito parecidas e praticamente indistinguíveis por um
humano, duas digitais também podem ser muito parecidas.
A qualidade de um algoritmo é medida como a sua capacidade de atribuir notas diferentes para
conjuntos de dedos diferentes (nota 0% por exemplo) e iguais (nota 100%). Quanto maior a
seletividade do algoritmo, melhor ele é. No caso do fabricante Control ID, o algoritmo biométrico de identificação por impressão digital é licenciado da empresa europeia Innovatrics, reconhecidamente a
líder neste tipo de tecnologia. A empresa já venceu inúmeros concursos nos EUA e no mundo (NIST
FpVTE e NIST MINEX III).
É importante definirmos alguns conceitos básicos de identificação biométrica que servirão de base
para todos os processos definidos acima:
- FAR (False Acceptance Rate): Este índice consiste na taxa de falsa aceitação, ou seja,
corresponde à probabilidade de um dedo que não está cadastrado ser identificado como um
usuário válido. - FRR (False Rejection Rate): Este índice consiste na taxa de falsa rejeição, ou seja, corresponde
à probabilidade de um dedo que está corretamente cadastrado e que deveria ser aceito pelo
equipamento não ser identificado (ou seja, rejeitado de forma incorreta). - FIR (False Identification Rate): Este índice consiste na taxa de falsa identificação, ou seja,
corresponde à probabilidade de um dedo cadastrado ser identificado como uma pessoa
diferente da que deveria (pessoa A ser identificada como B).
Por fim, vale ressaltar que quanto maior for o banco de dados (ou seja, dedos cadastrados em um
equipamento ou sistema), maior será a probabilidade de dois dedos serem similares. Assim, é
interessante segregar usuários com base nas unidades em que trabalham, dispositivos que utilizarão,
turnos etc. Além disso, é uma boa prática limitar a quantidade de dedos cadastrados por usuário
(quanto mais dedos, maior a chance de falsa aceitação/falsa identificação).